VOZES SILENCIADAS: A DITADURA BRASILEIRA E AS MULHERES

Dossier “Ditadura Militar no Brasil”

Autores/as

  • ANA MARIA COLLING UFGD

DOI:

https://doi.org/10.14409/contenciosa.v0i8.8591

Palabras clave:

ditadura militar, tortura, feminismo, mulheres militantes

Resumen

A história da repressão durante a ditadura militar brasileira foi uma historia de homens e as relações de gênero estavam aí excluídas. Ousar adentrar o espaço público, privado, masculino foi o que fizeram muitas mulheres ao se engajarem nas diversas organizações clandestinas existentes no Brasil durante a ditadura militar. A mulher militante cometia dois pecados aos olhos da repressão: o de se insurgir contra a política golpista, fazendo-lhe oposição e de desconsiderar o lugar destinado socialmente á mulher, rompendo os padrões estabelecidos para os dois sexos. Faziam política, coisa de homens e invadiam o espaço público, lugar de homens. As próprias organizações de esquerda não propiciavam o debate sobre as relações  eminino/masculino, sobre as questões femininas, porque havia uma contradição maior a ser resolvida: a oposição entre a burguesia e o proletariado. Isto reforçava o poder masculino dentro das organizações. A repressão tinha sempre como alvo o corpo feminino, não somente para torturar, mas para ameaçar, para humilhar. Caracteriza a mulher militante como “puta comunista”, ambas as categorias desviantes dos padrões estabelecidos pela sociedade, que enclausura a mulher no mundo privado e doméstico.

Biografía del autor/a

ANA MARIA COLLING, UFGD

Universidade Federal da Grande Dourados

Publicado

2018-11-06

Cómo citar

COLLING, A. M. (2018). VOZES SILENCIADAS: A DITADURA BRASILEIRA E AS MULHERES: Dossier “Ditadura Militar no Brasil”. Contenciosa, (8). https://doi.org/10.14409/contenciosa.v0i8.8591

Número

Sección

Artículos