Arquitetura do Ferro do Rio de Janeiro
Mobilidade posta à prova
DOI:
https://doi.org/10.14409/ar.v1i3.943Palabras clave:
arquitetura do ferro; patrimônio cultural; teoria da conservação; restauração; revolução industrialResumen
O texto propõe uma reflexão acerca das arquiteturas pré-fabricadas em ferro desde o seu surgimento na Europa do século XIX, até os nossos dias, tendo por referência teórica o conteúdo disponível em bibliografia especializada relacionada ao tema que destaca como suas principais inovações a mobilidade e a provisoriedade, dentre outras. O texto avalia criticamente os destinos do legado da expansão desse método construtivo no Brasil, especialmente, na cidade do Rio de Janeiro, onde são destacadas as apropriações e destinações de três conjuntos expressivos localizados originalmente na cidade: o Mercado Municipal do Rio de Janeiro, localizado na Praça XV de Novembro – Centro, considerado o maior exemplar dessa tipologia na América Latina; o galpão conhecido como Oficinas do Trajano, situado no bairro do Engenho Novo, que integrou a Exposição Universal de Paris, de 1889; e o conjunto de galpões das oficinas da Rede Ferroviária Federal S.A., no mesmo bairro. Os citados exemplares materializam um conturbado contexto que inclui o descaso, a proteção legal e a demolição ilegal demonstrando um quadro de incompreensão, por parte do poder público, da importância dessa arquitetura como testemunhos inequívocos da modernidade emergente no século XIX.
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