Os despejos como constituintes da zona crítica. Um exercício de reflexividade acerca da urbanização

Autores

  • Julia Silveira Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano. Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.14409/ar.v14i26.13589

Palavras-chave:

assentamentos informais, fluxo de capital, habitação, planejamento urbano, urbanização

Resumo

O presente trabalho propõe argumentar a hipótese do papel constitutivo dos despejos na urbanização da sociedade. A abordagem se dá a partir da concepção do fenômeno urbano de Lefebvre (1999) e seu entendimento da zona crítica, período que precede a cidade industrial no eixo temporal e espacial em direção à urbanização completa da sociedade. Determina-se que os despejos das ocupações urbanas auto produzidas expressam os momentos dialeticamente inter-relacionados da urbanização da implosão-explosão. Os processos de despejo estão conectados globalmente, respondendo às demandas de acumulação de banco de terras do capital financeirizado, ocorrendo através de narrativas justificadoras que legitimam a lógica da mercadoria. É estabelecida uma relação dialética de violência e necessidade entre as ocupações urbanas dos territórios periféricos e o capital financeiro imobiliário, a qual contextualiza os atos violentos de despossessão como busca por dominação frente ao poder coletivo das ocupações.

Biografia do Autor

Julia Silveira, Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano. Universidade Federal do Paraná

Arquiteta (UFPR, 2023). Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano da mesma Universidade, na qual é bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Integrante de equipe do projeto Urbanização de favelas na metrópole de Curitiba: abordagens de intervenção, apropriação e qualidade do ambiente pós-urbanização. Investiga temas acerca de insurgências urbanas, participação social e habitação.

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Publicado

2024-12-20

Como Citar

Silveira, J. (2024). Os despejos como constituintes da zona crítica. Um exercício de reflexividade acerca da urbanização. ARQUISUR Revista, 14(26), 84–97. https://doi.org/10.14409/ar.v14i26.13589

Edição

Seção

Artículos