Desestabilizações de uma memória brasileira em chave documental:

vozes de um eu singular e coletivo na produção audiovisual de Petra Costa

Autores

  • Eleonora Soledad García Facultad de Filosofía y Letras Universidad de Buenos Aires-UBA (Argentina)

DOI:

https://doi.org/10.14409/culturas.v0i15.11243

Palavras-chave:

organismos, documentário, democracia, primeira pessoa, Petra Costa

Resumo

Os filmes do diretor brasileiro Petra Costa Elena (2012) e Al filo de la democracia (2019) propõem a abertura de um espaço de memória autobiográfica no qual vozes e corpos configuram uma paisagem discursiva de resistência e análise política reflexiva. Fortemente poético, o primeiro procura abraçar os espaços fragmentados de memórias, melodias, fantasmas e outras formas de escrita simbólica sobre a morte por suicídio de Elena Costa, sua irmã. O segundo, inegavelmente político, apresenta o curso do impeachment da presidente Dilma Rousseff e o subsequente impeachment de Lula da Silva. A politização do afeto permite a Costa, inscrita na virada subjetiva da produção documental, pensar sobre a conexão histórica entre o espaço público e o do íntimo privado. Seus filmes tornam visíveis palavras públicas e privadas através de um arquivo de imagens que falam de história e memórias.

Publicado

2022-03-11

Como Citar

García, E. S. (2022). Desestabilizações de uma memória brasileira em chave documental:: vozes de um eu singular e coletivo na produção audiovisual de Petra Costa. Culturas, (15), 155–172. https://doi.org/10.14409/culturas.v0i15.11243

Edição

Seção

Itens / Eixo 3.