A Persistência do passado

Tensões e conflitos em torno da eliminação da censura cinematográfica durante a reconstrução democrática (1983−1989)

Autores

  • Maximiliano Ekerman EIDAES-UNSAM

DOI:

https://doi.org/10.14409/culturas.2023.17.e0021

Palavras-chave:

cinema , democracia, censura, cultura

Resumo

O artigo a seguir reconstrói as tensões e conflitos gerados
pelo desmantelamento da censura cinematográfica durante o
governo de Raúl Alfonsín (1983−1989). Procurará-se
demonstrar que nem a promulgação de uma nova lei de
classificação de filmes, nem a criação de um novo órgão mais
plural e democrático foi suficiente para acabar com a
influência que os grupos conservadores exerceram no mundo do
cinema por décadas. Também se procura explicar os ataques que
a indústria cinematográfica teve que suportar por velhos
adversários, como a Igreja Católica e seus aliados, tanto na
justiça quanto nas ligas católicas, mas também por alguns
funcionários públicos do próprio governo radical, que procuraram
limitar os «excessos de liberdade» na produção
cinematográfica. Para desenvolver essas ideias, analisamos um
número significativo de fontes primárias, entre as quais se
destacam principalmente a imprensa especializada, o Plano
Nacional de Cultura 1984−1989, a legislação cinematográfica,
os filmes questionados e uma entrevista com Manuel Antín,
diretor do Instituto Nacional de Cinema entre 1983 e 1989.

Publicado

2024-02-02

Como Citar

Ekerman, M. (2024). A Persistência do passado: Tensões e conflitos em torno da eliminação da censura cinematográfica durante a reconstrução democrática (1983−1989). Culturas, (17), e0021. https://doi.org/10.14409/culturas.2023.17.e0021

Edição

Seção

Artículos