Memória do horror: Las brutas, de Juan Radrigán, Hans Pozo, de Luis Barrales, e Hilda Peña, de Isidora Stevenson
DOI:
https://doi.org/10.14409/culturas.v0i13.8609Palavras-chave:
teatro chileno, fatos históricos, memória, violência, ficçionalizaçãoResumo
O trabalho focalizará em três obras dramáticas chilenas: Las brutas (1980), de Juan Radrigán, Hans Pozo, de LuisBarrales, e Hilda Peña, de Isidora Stevenson. Nas três se retorna a fatos reais: O suicídio de três mulheres da etnia Colla, o esquartejamento de Hans Pozo e o tiroteio após o assalto ao Banco O’Higgins perpetuado pelo Movimento Juvenil Lautaro. Estes fatos são teatralizados e, para isso, se recorre à memória coletiva, à imaginação e aos contextos sociais de enunciação. São relatos delirantes escritos na variante popular das personagens protagonistas, que transitam entre o real e o ficcional. O horror instaura-se a partir do relato da vivência dessas três mulheres colla, das vozes dos sujeitos envolvidos na vida do escuartejado e da voz da mãe de um dos mortos no tiroteio em Hilda Peña.