Construir uma comunidade na penitenciária: quando o conflito impulsiona e a festa consagra
DOI:
https://doi.org/10.14409/extension.2020.12.Ene-Jun.9081Palavras-chave:
comunidade, penitenciária, comunicação comunitária, registros etnográficos, extensão universitáriaResumo
Partindo do desenvolvimento de projetos de extensão nas penitenciárias do Paraná (Entre Ríos) de forma sustentada por 15 anos, propomos analisar, a partir da abordagem etnográfica, as características que os laços comunitários adquirem e as possibilidades de construção de uma comunidade no âmbito de uma oficina de comunicação na perspectiva da comunicação comunitária, em uma unidade prisional masculina.
Três cenas que mostraremos através de registros etnográficos dos processos nos permitirão problematizar as maneiras pelas quais o comum aparece, “está sendo”, desaparece e se reinventa na dureza da coexistência forçada, do confinamento e da ausência de afeto que significa estar preso. Sob essas condições, nos perguntamos: quando o comum começa a entrar em cena? Que estratégias nos damos como estudantes universitários para facilitar propostas de trabalho colaborativo e que comecem a ser elaboradas em conjunto? Em que momento começa a concretizar-se o comunitário, e o que acontece quando essa união comum é ameaçada ou se vê em perigo?
Essas reflexões fazem parte dos resultados de um projeto de pesquisa em que, da Área de Comunicação Comunitária da Faculdade de Ciências da Educação, pesquisamos os significados gerados nas práticas de comunicação comunitária que promovemos a partir da Universidade.