Bombartivismo, transgredindo a heteronormatividade
DOI:
https://doi.org/10.14409/culturas.2024.18.e0050Palavras-chave:
heteronormatividade, gênero, LGBTTIQ , feminismo, bomba porto-riquenha, identidade de gêneroResumo
Este artigo apresenta diversos processos e manifestações subversivas ao sistema binarista sexo-gênero que ocorrem desde a década de 1990 na bomba porto-riquenha (o gênero musical afro-porto-riquenho mais antigo), com o objetivo de criar e promover espaços e comportamentos inclusivos que respeitem a diversidade humana. Através da transgressão de numerosos elementos heteronormativos, patriarcais e machistas que definiram a prática da bomba antes de 1990, surgem novas possibilidades de participação e expressão que estavam restritas, pela designação de papéis, a determinadas identidades de gênero. A bomba porto-riquenha contemporânea atua como ferramenta em prol da educação, inclusão e respeito à diversidade; mas, sobretudo, como elemento libertador e de resistência contra a opressão gerada pelo patriarcado, machismo e o sistema sexo-gênero heteronormativo.