Relatos, memorias y ficcionalizaciones en el arte: Dos intrigas intermediales (o de la letra a la pantalla y viceversa)

Versión escrita de ponencia presentada oralmente en el II Coloquio Interdisciplinario de Estudios de Cine y Audiovisual Latinoamericano (Montevideo, 2016) y el I Congreso Internacional Acercamien- tos Interartísticos em el arte y la literatura em América Latina (Morelos, México, 2016).

Autores

  • Miriam V. Gárate Universidade Estadual de Campinas (UNI- CAMP, Brasil).

DOI:

https://doi.org/10.14409/culturas.v0i13.8608

Palavras-chave:

cinema, literatura, imprensa, Brasil, 1920-1930

Resumo

O artigo refere a duas intrigas intermediais ocorridas no Brasil durante 1920-30, a fim de examinar interferências e diálogos existentes entre escrita e imagem. A primeira é protagonizada por Eugenio Pignone, que chega a São Paulo em 1921 e pouco depois tornase objeto de uma série de notas publicadas em diversos periódicos. Suas aventuras mobilizam um arquivo provindo do folhetim, que atualiza na imprensa um imagi- nário «fantomático» associado à literatura e ao cinema. Pignone reaparece anos depois desse episódio como Eugenio Kerrigan, suposto diretor ítalo-americano com experiência nos estúdios da Vitagraphee Paramount. Roda cinco filmes. Os restos materiais dessa produção permitem postular pontos de contato entre as peripécias de Pignone e a filmografia de Kerrigan. A segunda intriga é protagonizada por Olympio Guilherme, que em 1927 ganha um concurso promovido pela Fox e se desloca a Los Angeles na expectativa de se tornar astro de cinema. De lá envia críticas cinematográficas e impressões pessoais para a revista Cinearte. Em 1929, depois de reiterados fracassos, roda um filme intitulado Fome. Regressa ao Brasil em 1930 e dois anos depois publica Hollywood, novela da vida real, texto no qual o «mísero fotógrafo» retrata as engrenagens da maquinária hollywoodiana. O livro propõe um contrato
de leitura segundo o qual estamos diante de um escrito que deve ser lido/visto como se se tratasse de um filme.

Biografia do Autor

Miriam V. Gárate, Universidade Estadual de Campinas (UNI- CAMP, Brasil).

Profesora del Departamento de Teoría Literaria de la Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP, Brasil). Ha investigado las relaciones entre prácticas letradas y cine en América Latina, durante el período silente. Algunas publicaciones sobre el tema son: Películas de papel/crónicas de celuloide. Acerca de João do Rio, Alcântara Machado y Alberto Cavalcanti (Santiago, 2012), Películas de papel: cine y literatura en dos textos latinoamericanos de la década del veinte (La Plata, 2014), Primer cine y retórica del viaje en tres
crónicas latinoamericanas de pasaje de siglo: 1896/1913 (Montevideo, 2015), Latinoamericanos en Hollywood: sueños, realidades y clichés de la ficción (Santiago, 2016), Entre a letra e a tela. Literatura, imprensa e cinema na América Latina: 1896–1932 (2017).

Publicado

2019-11-07

Como Citar

Gárate, M. V. (2019). Relatos, memorias y ficcionalizaciones en el arte: Dos intrigas intermediales (o de la letra a la pantalla y viceversa): Versión escrita de ponencia presentada oralmente en el II Coloquio Interdisciplinario de Estudios de Cine y Audiovisual Latinoamericano (Montevideo, 2016) y el I Congreso Internacional Acercamien- tos Interartísticos em el arte y la literatura em América Latina (Morelos, México, 2016). Culturas, (13), 93–108. https://doi.org/10.14409/culturas.v0i13.8608

Edição

Seção

Itens / Eixo 2.