Experiências docentes que enfatizam o código disciplinar androcêntrico da história

Resumo

O ensino de história na Argentina tem sido caracterizado por sua marca mecânica, nacionalista e eurocêntrica (De Amézola, 2008, 2020, Finocchio, 1999, 2009, González, 2014, 2016, 2017, 2018, 2019) e uma forte presença de masculinidades hegemônicas (Connell, 1997), em diferentes versões, de acordo com o tempo e o espaço em estudo. A relevância dada ao sujeito masculino, desde os “grandes homens” e depois da história “de baixo”, contrasta com a limitada visibilidade que tem sido dada às mulheres, como atrizes do passado, bem como às dissidentes. Dessa forma, um código disciplinar androcêntrico foi construído e enraizado na história escolar. A partir deste enquadramento, e a partir de vozes docentes, este trabalho analisa a história ensinada, identificando mudanças e continuidades, de forma a mapear o alcance e as limitações da história das mulheres e do género.